domingo, 2 de setembro de 2007

Portugal, Galiza

PORTUGAL, GALIZA E A LUSOFONIA
A SOBERANIA EM XEQUE?

I
QUEM QUER SUBJUGAR QUEM?

  • Historicamente Portugal nunca quis anexar a Galiza. Alguns, exilados da realidade, lutam pela junção da Galiza, com o Norte de Portugal, como sendo vontade dos galegos. Quantos? Quem? Que jurisdição?Não entendi! O equívoco é grave.
  • Sob uma bandeira de paz (ou de guerra), o que se quer é integrarNorte de Portugal  à Galiza, sob a bandeira da Espanha, e não o inverso. Onde estão nossos estrategistas? E os entreguistas?! Querem fatiar Portugal?! Não esqueçam do Conde Andeiro... Atenção, atenção: conspiração à vista! Ou não é conspiração?!
            Os espanhóis já são proprietários  de parte  dos meios de comunicação em Portugal, para interferir  da opinião popular. Tem até um canal de TV!

Leio, em alguns espaços lusófonos, que alguns, na Galiza, insistem em aderir à Lusofonia. Objetivo: abrir, para a Galiza e para a Espanha, os mercados lusófonos-CPLP?
Alguém esqueceu que Galiza “é” Espanha?! Não sabem que o ensino de Português  é proibido em muitos lugares da Galiza? Deixemos a Galiza resolver  os problemas da Galiza. Têm voz livre  para interferir  na opinião popular, isto é legal?!
É preciso respeitar a Galiza e respeitar a Espanha. Sobretudo respeitar Portugal, não o metendo em conturbações inúteis? Só um romântico seria capaz de acreditar que a Espanha abençoaria esta união tramada. Quantos querem a integração?! Que integração?
Sob capa de simpatia, reintegração e amores impossível, vem a mão do gato, invadindo nossos mercados e nossos espaços. Invadindo, descaradamente, nossa auto-determinação. Será que estou entendendo?
Põem o bode e a vaca na casa, como quer a fábula, para depois aclamar o salvador que tirou os incômodos?

De preferência, na manha, querem surrupiar-nos um pedaço de chão?! Inacreditável... Alguém vai para o escanteio... Quem será? Quem gramará o opróbrio da nação? Os quinta coluna estão em ação?!
Isto não é mais secreto, não. A conspiração está nas ruas, pouco camuflada... Só os frouxos se calam, omissos... O Governo Português ajoelha-se frente à Espanha(?!). “Espanha/Espanha/Espanha” é o brado “exaltado do atual governo”. São meninos medrosos, frágeis. É a galinha no colo da raposa à que foi pedir proteção...
Vê-se que a mão, pouco oculta, da Espanha já “decide” no Portugal do PS (?!).
O inimigo histórico, que sempre respeitamos, e que sempre quis armar-nos ciladas, “senta-se” ao lado no nosso governante?! Quem pode calar-se?! Ninguém reage?!
Isto não é uma aspiração do povo português. É sim, uma artinha de alguns que se julgam  a “voz” da nação... (mas que voz?!)
Quem são os espanholistas? Que mostrem  o seu rosto.
            Será que ainda vale o que disse Pessoa:
 “ó Portugal, és hoje nevoeiro!”
Voltemos à Galiza.

Observação: o presente ensaio contém algumas Ideias que precisam ser verificadas. Baseio-me em artigos e notícias veiculados em veículos sérios. A quem puder  fazer chegar achegas a esta matéria, seja para corrigi-la  seja para contestá-la com razões, de antemão agradecemos. O assunto é grave e precisa  ser levado a sério. Se necessário o texto será corrigido...
Sinceramente gostaria que pudessem provar que estou equivocado.


PORTUGAL, GALIZA E A LUSOFONIA
A SOBERANIA EM XEQUE

II
UMA FÁBULA PARADIGMÁTICA

É preciso mirar-se na Fábula de La Fontaine – O Corvo, a Raposa e o Queijo. Moral da história: Os bajuladores vivem à custa dos que os escutam. Entenda quem lê. Ou perdemos o senso?!

Na história da Raposa e o Corvo, a raposa é a Galiza/Espanha (?!) e o Corvo parece ser Portugal que perderá o Queijo, se aceitar o desafio da raposa e soltar a voz “maviosa”... Quem está perdendo o senso?!

A  posição de Portugal, como Corvo de La Fontaine, é nova na história do país e produz constrangimentos. Onde estão nossos velhos estrategistas? Sabem quanto sangue custou preservar este pedaço de terra que mudou a história do mundo? Sabem o preço de nossa soberania e de nossa liberdade? Quem não sabe é porque é alienígena. Muitos foram desertores. Fugiram de seus compromissos com a pátria. Têm compromisso com quem?! Precisam retribuir algo a seus “protetores cúmplices"?! Há conspiradores no arraial?!

Nada contra a Galiza, que  sempre respeitou Portugal.  A Língua Portuguesa vem de um tronco histórico comum: o Galaico-português. São nossos parentes linguísticos.

Nesta história de irmãos linguísticos, Portugal levou a melhor parte, ao ficar independente. Então se agigantou. A Galiza ficou sob o tacão de Castela... Alguém está agora, de bandeja, querendo colocar Portugal sob o tacão de “Castela”?!

PORTUGAL, GALIZA  E A LUSOFONIA
A SOBERANIA EM XEQUE

III
ASTÚCIAS DE UMA ARMAÇÃO

  • ARMAÇÃO - uma das mais astuciosas armações que se tramam hoje no mundo latino parece ser a troca de amabilidades e promessas entre a Galiza e o Norte de Portugal. Mais profissionalismo, gente. Lembram-se do Cavalo de Tróia, recheado de prendas? E que prendas!...

  • Então a Espanha, por artimanha, usa também a Galiza para ir “invadindo” Portugal, com promessas falaciosas?! Em conversa fiada, só os palermas acreditam. Os palermas ou os traidores?! Quem levará as vantagens? E as desvantagens? Qual o papel do Partido Popular da Galiza, nessa tramóia toda.
       Espanta saber que um alto percentual dos portugueses deixou-se seduzir?! No passado, os povos “primitivos” deixavam-se seduzir por bugigangas...
            Hoje há forças de sedução alojadas na alma do país, nos meios de comunicação. É sabido que os principais acionistas da TVI e a sua administração são espanhóis, sentados na nossa sala, manipulando notícias e interesses. Como um país sério admite tal situação? Que portugalidade difundem os espanhóis na TVI Portuguesa? Que afronta?! Isto não é democracia; é tirania.

  • O que a Espanha não conseguiu, em 850 anos, pelas armas: (dominar Portugal e a Lusofonia), pensa agora consegui-lo com protocolos e promessas astuciosas. Quantos, do governo, estão nessa?! Confunde-se tolerância com subserviência de otários?! Há quem defenda o golpe abertamente e “democraticamente”. Que desplante!! Os espanhóis são até proprietários de uma rede de TV!! Em Lisboa!!! O que aí se articula. Que ingerência tem nos destinos do país?...
  • Os conceitos de tolerância, solidariedade e diálogo, se têm mão única de direção, seguem no caminho da tirania. Solidariedade e tolerância não é questão de otários, mas de gente consciente, responsável e astuta se precisar. Guerra não se recebe com flores... Há violência camuflada que precisa ser desmascarada e respondida à altura.
  • Haverá quem acredite na adesão/anexação da Galiza a Portugal?! Inacreditável! Cabe aos Galegos decidir pela Galiza, mas não pela Espanha.
Respeitemos a auto-determinação da Galiza. Não querer submeter, nem submeter-se, é a única resposta.

  • No seu consciente e no seu subconsciente, a Espanha sonha com a anexação de Portugal.  A Espanha sempre quis anexar aos seus feitos as glórias de Portugal. Já se passaram 800 anos, e nada mudou. Portugal é um povo que preza a própria terra e preza a liberdade.
Será que algo está mudando? Os portugueses mudaram?! Afrouxaram nos últimos 35 anos?! Estará narcotizado por amores escusos, com velhas raposas?!

Não vale a pena perder tempo com questões impossíveis. A quem interessa interferir na auto-determinação da Galiza? Cada um cuide do seu torrão natal! Defenda-o. Ponto.

 PORTUGAL, GALIZA E A LUSOFONIA
A SOBERANIA EM XEQUE

IV
RESPEITO A AUTO DETERMINAÇÃO DOS POVOS
Galiza: Nem submetê-la nem submeter-se.

O “reintegracionismo” Portugal - Galiza é uma balela: um novo Cavalo de Tróia à Lusofonia. É um sonho insólito, que a Espanha jamais admitirá, a não ser como parte verbal de intenções manhosas... Este é um sonho inútil e extemporâneo.

O “reintegracionismo”?! Nem em sonhos. É pura artimanha bem conhecida. Vamos deixar de sonhar, como os otários, seduzidos como o macho da libélula! Isto é canhão sem pólvora!

Por Tratados, bem claros, a Espanha comprometeu-se a devolver partes do território de Portugal que nos usurpou. Quando os devolverá?! Quem acredita em palavras, de quem não cumprem tratados assinados?

Por outro lado, Portugal não tem direito de pretender que seja leal o discurso de adesão da Galiza à Lusofonia. É pura estratégia de mercado.

A adesão da Galiza ao mundo lusófono seria bem-vinda, se acertada em termos claros, leais e mútuos. Mas o que é lealdade?! Quais os interesses em jogo.

Sem dúvida, a Galiza é território lusófono, naturalmente. O problema é questão política.

Tudo balelas e discurso para boi dormir. A Galiza não quer ser Portugal?! Ou quer antes que Portugal seja Galiza = Espanha?! É jogo de 850 anos.

Alguém está fazendo o jogo com cartas mascaradas.

Não é sem razões políticas que os espanhóis consideram o galego como dialeto do castelhano. Cientificamente o galego é, sim, um dialeto do Português, o que ainda é impreciso, dado que o galego e o português estão no mesmo tronco, como variantes: são duas faces da mesma língua: poderíamos dizer: o “Português da Galiza”.

Alguém já ligou o pisca-alerta?! Ninguém escutou?! Os conspiradores desligaram o alarme?!

Ao ler certas manifestações sobre este assunto, sinto apreensão pela falta de visão estratégica e da falta de realismo político. Parecem textos de povos primitivos ...

PORTUGAL, GALIZA E A LUSOFONIA
A SOBERANIA EM XEQUE

V
PORTUGAL, GALIZA E ESPANHA
Uma Tática Geopolítica

Portugal ainda não percebeu as táticas geopolíticas da Espanha, em relação à Portugal? Vejam que não são novas. Apenas mudou de estratégia.

Alguém está querendo vender a soberania de Portugal e de seu povo, por um prato de “lentilhas” frias, cozidas na véspera? Os “agentes duplos” de Sun Tsu estão ativos, com grandes planos.

Espanta um fato recente: o Protocolo assinado entre a Galiza e o Norte de Portugal. É algo muito estranho e até inacreditável. O povo não foi chamado a opinar. É que o povo...ora, o povo! Tudo se resolve em conchavos de cúpula

Certamente o referido acordo, tal qual está, é inconstitucional. É de pasmar. Quem neste caso é o otário? É incrível!  A Assembléia da República não reage? Afinal, a quem interessa tal situação?

Os galegos/espanhóis nesta questão, dizem uma coisa e pensam outra. Dizem o que os Portugueses querem ouvir e fazem/tramam o que sempre quiseram. Só é enganado quem quer ser enganado.
Quem são os “agentes duplos”? E os lobistas? Estão a serviço de quem? Quem são os conspiradores?

Há no âmbito das atuais conversações e compromissos, uma irresponsabilidade latente....
Os espanholistas festejam. Os galegos/espanhóis jogam melhor que os portugueses?
Há, certamente, muitos galegos amigos, sinceros, leais. No entanto, muitos estão fazendo o jogo a Espanha contra Portugal.  
Outros estão sozinhos, enfrentando um poder que segue outro rumo.

O reintegracionismos linguístico não pode ser usado como Cavalo de Tróia.

Reitero: Há efetivamente, um movimento sincero, lógico e leal para “reunir”  Galiza a Portugal, na lusofonia. Aliás, é reunir a Galiza a todo o mundo da lusofonia.
Mas boas intenções não bastam. Quantas legiões tem a lusofonia na Galiza? Para que tanta algazarra?
 Acaso há algum impedimento à mútua cooperação cultural de Portugal e Galiza?!

Deixemos os galegos buscarem o que é melhor para os galegos, sem ingerência em sua auto-determinação, desde que não intervenham em nossa auto-determinação. (Entendâmo-nos: para nós, galegos são galegos e castelhanos são castelhanos.)
Os galegos são suficientemente lúcidos, para saberem decidir o próprio destino, diante dos laços que os unem à Espanha e outros, (mais profundos?!), que os unem à Lusofonia.

Em seu inconsciente e no seu subconsciente coletivo, a Espanha sonha em tirar a auto-determinação de Portugal, há 800 anos.? Sim ou não?!
Portugal segue seu rumo, livre e independente. Nada mudou. Nada mudará?! Depende de você.


PORTUGAL, GALIZA E A LUSOFONIA
A SOBERANIA EM XEQUE


VI
CONSPIRAÇÃO EM CURSO?

Sejamos sinceros leais e lúcidos: Na Galiza sempre esvoaçará a bandeira da Espanha, a não ser que as forças políticas mudem. Numa Galiza soberana é outro diálogo...

Em Portugal, de Norte a Sul e de Leste a Oeste, sempre esvoaçara a bandeira de Portugal. Os integracionistas de lá ou de cá não passarão.
Ninguém avançará as fronteiras da Espanha , nem as de Portugal; mesmo que o velho sonho do nosso vizinho, não tenha limites, nem mesmo éticos. Não passarão!

Os traidores, nesta terra, sempre levaram o troco (mas às custas de muitas vidas). Os Conde Andeiro e os M. de Vasconcelos estão de plantão, conspirando?!

Toda essa azáfama em torno do reintegracionismo  regional, com promessas de grandes vantagens econômicas,  para muitos não passa de uma armadilha para minar a portugalidade e dividir a opinião dos portugueses. É o novo “Tratado de Methuen” (27.12.1703), quando os ingleses “compraram” a opinião pública do Norte, com “vantagens”  que retardaram o desenvolvimento tecnológico e social de Portugal, por mais de 200 anos.

Vamos manter relações fraternais, em todos os níveis, com a Espanha. Mas sem permitir um arranhão sequer na soberania da nação. A liberdade de um povo não tem preço.
Já toca o alarme amarelo! Atenção!

PORTUGAL, GALIZA E A LUSOFONIA
A SOBERANIA EM XEQUE


VII
FEDERAÇÃO CULTURAL DOS PAÍSES IBÉRICOS

Poderíamos ser a favor de uma Federação dos Povos Ibéricos, (incluindo baseos, catalãos, galegos, etc, etc.), de nível cultural, mas arquitetada em moldes aceitáveis, com reais vantagens para todos, com igualdade e sem tiranias implícitas ou camufladas. Com todas as salvaguardas. Seríamos então uma potência cultural descomunal. Mas isto é outro assunto, ainda mais complexo e polêmico.

Nenhum comentário:

Postar um comentário