quinta-feira, 27 de março de 2008

Carta Aberta Contra a Lusofonia

CONTROVÉRSIAS NA LUSOFONIA
PERSPECTIVAS

I
ATAQUE À LUSOFONIA – AÇÃO E REAÇÃO

1. Preparei uma série de textos sobre  as Perspectivas da Lusofonia e sobre a Lusofonia Ameaçada: Ameaças Reais e Orquestradas à Potência Lusófona, que reúno à seguir.
Os referidos textos  foram motivados por uma inesperada  polêmica, detonada por um projeto, cujo autor conseguiu matreiramente, passá-lo como uma alavanca (?!) da Língua Portuguesa, nos espaços da lusofonia. Com esta máscara postiça e bem enfeitada, deram-lhe espaço em websítios respeitáveis do mundo lusófono.
Ao tê-lo diante dos olhos, logo percebi que não era nada mais, nada menos do que um novo Cavalo de Tróia, destinado a implodir e aniquilar (!?) a Língua Portuguesa e a Lusofonia, em meio a hábeis disfarces. Implantado, o projeto seria um massacre premeditado, bem armado e cruel. Conhecemos o paradigma, há séculos. Mais recentemente em Olivença.
A Lusofonia é um espaço hospitaleiro e democrático. Não é por isso que vai dar as boas vindas ao “Cavalo de Tróia” ou recebê-lo com festas (?!). Recebê-lo-á com a hostilidade proporcional. Não se faz carinho, no focinho do leão faminto e voraz.

2. Trata-se do Projeto chamado “geolíngua ou iberofonia”. É um projeto sádico e cruel, como provaremos.
É um projeto invasivo. Considero-o como parte de uma conspiração simulada e matreira, contra a Língua Portuguesa e contra a Lusofonia.
Não é de agora que o autor luta ferozmente por ideias tão deletérias...
       
        Após os dois primeiros textos, em que impugno tais pretensões agressivas e injuriosas do autor, de que falo a seguir, foi publicada uma resposta do autor, contra mim, pessoalmente e contra a Lusofonia (clique).
        Nos textos haverá, subjacente e sempre a tensão entre soberania e ameaça à Lusofonia.
        Temos sempre subjacente o paradigma imposto pela subjugação de Olivença.

        3. Diante de tão selvagem e cruel reação, resolvi tomar tudo como um “caso” a ser analisado, com um autor, presumidamente fictício, para não humilhar a pessoa civil.
Esta, nas suas injúrias inúteis e gratuitas, bem parece psiquicamente aparentado, com espanhóis conhecidos e tristemente  célebres, cruéis e selvagens, exterminadores de 70 milhões de indígenas das Américas e também de Olivença, que nada honram o seu país. É história paralela. Nada a ver.
Por isso, esqueço o autor e enfoco o “caso” com seus desdobramentos e possíveis consequências.
Esta minha tréplica feita mediante  dez (10) textos, é dirigida apenas à Lusofonia, que merece todo o respeito e esclarecimentos. O referido autor não merece a minha atenção. Não vale a pena.
No entanto, o fato é exemplar e muito esclarecedor sobre um paradigma de ataque à Lusofonia, que outros cultivam sem pejo. Não é fato isolado.

4. Esta polêmica não é pessoal. É de Portugal e de toda a Lusofonia que estão na mira de mercenários inescrupulosos de nosso inimigo histórico, que  ainda não soube se superar...
Aqui, como cidadão, eu faço apenas o meu dever.
Faço a minha parte. Envio mensagens pelo mundo afora... Escrevo, pesquiso, reflito, propago.

Estou nessa briga por missão cidadã. Nesta questão, sou um soldado da lusofonia.
Aqui junto-me a muitos outros soldados,  que enfrentam a mesma luta, pelos mesmos princípios.
Conheço o campo e a selva em que estou, com segurança total.  Sei dos atoleiros e dos baixios. Não entro neles. Superei a primeira baixaria. Só.
Sou cientista da linguagem, sou filósofo formado e na ativa, sou educador... Aí estão as minhas armas e a minha estratégia. Cada um escolha o seu caminho e os seus recursos. Cada um faça a sua parte.

A Lusofonia está, há muito tempo, sob ameaça, linguística, social,  econômica e politicamente. Precisamos levantar bem alto a bandeira  da Lusofonia.

A nação portuguesa como a brasileira ficam perplexas com o descaso com que vem sendo tratado o mundo da lusofonia. Ante ameaças graves, responde-se com o silêncio.
Onde está o Governo, as Embaixadas?! Por que não reagem, como os outros países, quando o seu é agredido?
A questão da União Ibérica é um anacronismo lançado no incinerador em 1640.
Por que voltar a desenterrar múmias?!

II
UM ALVO REAL, BEM ARMADO

5. Releia, se quiser o texto da minha denúncia inicial, tal qual está no meu site: “Guerra Aberta Contra a Lusofonia(Clique) e “Lusofonia, o Diálogo Necessário(Clique).
Se queres a Paz prepara a Paz. Mas quem se descuidar da Guerra de Defesa, jamais terá paz.
Os textos da “fundação geolíngua”, que critico, estão arquivados em,

Foram copiados do site  da Embaixada de Portugal em Brasília(?!) (É espantoso: nossa Embaixada a serviço da espanofonia contra à Lusofonia). Deve ser por descuido (?!)
Estes textos que servem de parâmetro a alguns de meus argumentos. São o meu alvo. O alvo existe. Não é fictício.

Não tenho intenção de dar espaço ao senhor RX. Jamais o faria. Nada tem a dizer. O nível de sua proposta não merece nem um caixote velho, como palanque, em um canto esquecido de praça de aldeia.
Sou de opinião que a proposta do senhor RX é tão macabra, que não pode ser restringida a simples diatribe de blogue. Ele tem a ousadia e a astúcia de marqueteiro. Asfixia o ouvinte. Simula agrado.
Precisamos, então, tomar rumos mais eficazes, para superar o mundo das palavras. Temos de ser proativos.
        É a Lusofonia que está em questão (ou em leilão?!). A língua é a alma da nação.

6. Não tenho intenção nem interesse de ficar nesta polêmica sozinho. O assunto não é só meu. Não é só do meu interesse. É assunto de todos nós lusófonos...
A lei é clara: Um por todos e todos por um.

Sinto uma certa frustração de Lisboa ainda não ter reagido. Sinto vergonha filosófica de ver o destrambelado projeto exposto no web-sítio da nossa Embaixada.

Esta questão é de interesse da nação.
No entanto, no momento da agressão neurótica do senhor RX, o mais forte apoio que recebi foi de uma professora de Moçambique, que teve aulas com ele na Universidade, e conhece as neuroses anti-lusófonas e pro-Espanha desse cidadão e dá testemunho. (Para ver, clique)
Registro, com agrado, o apoio estimulante da professora Berta Braz, do senhor Ricardo Madeira e do senhor César Ernesto. Solidariedade não faltou. Comprova-se assim que,  nas lutas, nunca estamos sós.

III
MOBILIZAÇÃO DAS FORÇAS LUSÓFONAS

7. Quando há tiroteio, as pessoas se fecham em casa... Onde estão as pessoas que devem defender a soberania do nosso país e de nossa língua?
Onde está a Academia de Ciências de Lisboa? Onde está a Academia Brasileira de Letras? Onde estão todos?!
Onde está o “Instituto Camões”?!
Sei o que faço e as razões que tenho. Não temo nada. Outras também sabem e calam-se. Compactuam?! Há gente com altos salários que não se mexe... O pessoal da Academia tem por missão cultivar e defender a nossa Língua. Ou não?!

Não tenho interesse nesse tipo de intervenção. Entrei para quebrar o silêncio comprometedor e abalar a omissão.
Então pergunto: como os lusófonos estão se preparando  para o futuro, se nem sabem debelar os ataques dos seus inimigos?!
Numa sociedade competitiva, se não sabemos  reagir  competente e prontamente, não há como sobreviver. A competição é selvagem e cruel.

8. Embora precise postergar outros compromissos, para me dedicar a este trabalho, tinha de me manifestar, para cumprir o meu dever de cidadão. Tenho formação para isto. Como cientista da linguagem, não posso me omitir. Muitas outras pessoas têm idêntica formação. Por que não reagem?!
Não há batalhão só com um soldado... Mas eu ainda acho que há por perto um grande batalhão dando cobertura. Ainda não sei onde está. Sei que está. Sei que não estou  sozinho.

De qualquer forma, prefiro ficar só, com minhas certezas, do que acompanhado de um exército de trambiqueiros e indecisos.
Mas prefiro mesmo é um “batalhão” de amantes e estudiosos da Lusofonia, onde quero ser apenas um soldado raso...
Sou um homem de Paz, mas se a guerra vem, não fujo. Enfrento.
Tenho “espada” e força para isso.

É fácil falar... Sair a campo para defender Princípios?! Isso não...

As pessoas precisam ser solidárias.  Ainda penso assim. Quem pensa diferente?!  Todos sabemos que não é viável ficar sozinho, numa luta de todos.

IV
AGIR PROATIVAMENTE. CONSTRUIR

9. A questão não é contrapor-se às balelas do senhor RX.
Precisamos fazer um trabalho afirmativo, pela lusofonia, pela soberania. Levantar e exaltar os valores  da Lusofonia, nos quatro cantos do mundo.
Dar apoio aos que já fraquejam... Agir positivamente.
Se alguém quiser pensar junto ou quiser outras explicações, comunique-se, comentando a seguir ou pelo e-mail (tribunalusofona@gmail.com

10. Juridicamente considero que este é um crime contra a soberania do País...
        Sou de opinião que algo mais  precisa ser feito. Urgente. Penso em articular um debate, em Lisboa, em Maio. Mas é pouco. Talvez articule outra em Aveiro, etc.
Quem quiser dissecar esta questão, comunique-se. Em maio estarei em Lisboa e sempre estarei em São Paulo.

Considero que a ação não deve ser pessoal, mas orquestrada. Cada um faça a sua parte.

A Assembléia da República precisa ser mobilizada. Alguém precisa levanta a questão, lá.
As Forças  Armadas também precisam ser informadas. É a minha opinião. É questão de soberania e de segurança nacional.
O Portugalclub precisa capitanear o assunto, abrindo e estimulando a participação, como o senhor Casimiro sabe muito bem fazer. Muito sabem como fazer
O web-sítio do grupo Nova águia – o Milhafre, também precisa estimular o debate.

        A questão da União Lusófona X Iberismo é outra questão que precisa andar.

11. Durante todo o mês de janeiro, dediquei-me quase exclusivamente a este assunto.
Sentado, em minha mesa de trabalho, trabalhando pela lusofonia, bem sei que nunca estou sozinho...
O assunto é complexo e nevrálgico.  Penso que, com coisas sérias, não se brinca.
 “Por uma omissão perde-se a nação”,  diz Vieira.
No texto:
nos itens 10 e 11 faço algumas sugestões
que podem ser  ampliadas.
Considero esta polêmica muito positiva: vencemos certa inércia. Então
sabemos  que amanhã  o nosso sol  terá mais brilho e mais luz.

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