quinta-feira, 27 de março de 2008

Língua , Poder e Soberania

LINGUA, PODER E SOBERANIA
Ainda a  Guerra Contra a Lusofonia

J. Jorge Peralta

[A propósito da reação agressiva ao meu texto: Guerra Aberta Contra a Lusofonia]

I – DEFESA INTRANSIGENTE DE UM PATRIMÔNIO

1. A língua nacional, através da qual se veicula a cultura e a vida, é o maior patrimônio de um povo. Língua é poder, é soberania, é liberdade de cada  povo ter e viver a própria, aprender a conviver vida e a traçar o próprio destino...  Cada povo zela pela sua língua, por sua língua materna. A nossa língua deve sempre ser cultivada e defendida. Nossa língua é a nossa segunda mãe.
         A Língua Portuguesa é um patrimônio incomparável de Portugal, do Brasil, de Angola, de Moçambique e de todos os oito países que a adotam como própria. É patrimônio intocável, de todos quantos a falam nos quatro cantos do mundo, na diáspora lusófona.
A Língua Portuguesa é o instrumento de pensar, sentir e expressar sua visão do mundo e da vida dos lusófonos; é o meio mais versátil e eficaz de comunicação de mais de 260 milhões de falantes do mundo.
É a terceira Língua mais falada no Ocidente.
A Língua Portuguesa é patrimônio imaterial coletivo de todos quantos a falam.
Cultivo e defendo a LUSOFONIA, em nome próprio e do Movimento “Pacto Lusófono Mundial” – PLM (clique)

2. Na nossa civilização, a Língua Portuguesa é um veículo fantástico de Poder e convivência humana. Cumpre seu papel, democraticamente, a par das demais línguas naturais, do Ocidente e do Oriente, cada uma em seu espaço humano e cultural.

O documento que contesto é de base anti-democrática. Presta um lamentável desserviço aos direitos humanos, aos cânones básicos da democracia, de convivência saudável e aos direitos inalienáveis das nações; trata levianamente questões sérias, embora camufladas. Serve, a um autoritarismo que se dissemina, sutil. Alia-se a uma mentalidade colonialista superada e capenga; nega o pluralismo essencial na convivência moderna e os princípios  da multipolaridade, na organização das nações. É um desfile de contra-censos onde quase nada poderá ter o mínimo de serventia, nos tempos modernos. Fere frontalmente a Declaração Universal dos Direitos Humanos, etc. É um delírio...
 Efetivamente, os países lusófonos , consciente e naturalmente, preparam-se para serem um dos pólos de articulação do mundo moderno, lado a lado com outros, num mundo que se quer multipolar.  É um direito seu organizarem-se. É também um dever. É questão de sobrevivência e de prosperidade, num mundo competitivo. Queremos caminhar, lado a lado, com os outros blocos, num mundo que se quer multipolar.
É espantoso ver alguém tentando opor-se a este projeto natural, de organização  de um novo pólo sócio-político, econômico e cultural dos povos Lusófonos (?!).
Dentro de poucos anos, os povos lusófonos formarão efetivamente um promissor e próspero pólo capaz de contribuir para uma vida melhor, num mundo melhor.
Se Portugal não for capaz de incrementar  e apoiar este grande projeto lusófono, o Brasil, Angola, Moçambique e outras nações lusofalantes o farão. (Esta hipótese é incomoda, pois fere a unidade. Portugal não poderá se omitir).
Após se organizar e estruturar, o pólo dos povos lusófonos (clique) pode e deve fazer alianças com outros pólos, inclusive com o pólo espanófono, de igual para igual.
Mas esta é outra equação, democrática, respeitadora dos direitos dos povos.

3. Alguém pensar em relegar  nossa  língua a segundo plano, no próprio espaço da lusofonia, dando lugar a uma obtusa e impossível iberofonia, de mentirinha, (ele quer dizer espanofonia...), só pode ser pretensão de algum aloprado desinformado, ou mal intencionado, ou um trapaceiro que não sabe o que diz.  Ou quer jogar areia na engrenagem. ..Até porque iberofonia não existe, nunca existiu e nunca existirá... É uma típica proposta fascista...
Dizer isso em Lisboa... é inacreditável. Ninguém reage?! É muita  leniência !! Ou é omissão?!
Atacar a Lusofonia, em nome de uma farsa de Iberofonia, não tem nada a ver. O descarte implícito da Lusofonia é crime de lesa-pátria.
Observe-se que o cidadão que “desdenha” da lusofonia, psicologicamente não tem DNA Lusófono. DNA lusófono é um estado de espírito.
Na vida aprendemos que  não é conveniente subestimar os nossos inimigos ... Então vamos fazer a nossa parte.
Tudo pela lusofonia, sem tréguas suicidas e sem se  descuidar.

4. Este é um resumo das ideias  o que escrevi, com outras palavras, nos textos: “Guerra Aberta Contra a Lusofonia” (clique) e “Lusofonia, o Diálogo Possível” (clique). Aí contestei e  denunciei a proposta arisca e impossível da geolíngua. (que apaga e substitui o nome da Língua Portuguesa).
Releia os textos,  por favor.
Releia também o ataque desaforado do autor da proposta,  contestada, por ser nefasta à Lusofonia e a Língua Portuguesa. Confira.
Como no escorpião, o veneno está na cauda.
Rejeição total e sem clemência à ideia da geolingua (?!) Rejeição ao cutelo enfeitado e ao autoritarismo dos pigmeus e de todos os demais.
Verifique, leitor, com atenção: o senhor RM usa a estratégia da Raposa, na fábula “A Raposa, o Corvo e o Queijo”. Elogia os dotes do corvo para pegar o queijo e consegue...
O raciocínio do senhor RM é ta primário que até dá vergonha de alguém se deixar levar.
Esclareço que não escrevo para contestar pessoas. Não me interessa isto. Escrevo para divulgar, realçar ou questionar ou contestar ideias.
Esta é a minha praia: o mundo das ideias e o seu compromisso com a solidariedade e a prosperidade dos povos, com destaque especial para os povos lusófonos.
Para conhecer o projeto geolíngua leia:

II – UM ATREVIMENTO ARDILOSO E INTOLERÁVEL

5. O autor da proposta geolingua, sem apreciar um só de meus argumentos, saiu em campo atirando e gritando: “É tudo MENTIRA”. Sim, acho que é tudo mentira: não o que eu disse, mas o que ele disse, no seu  débil e pretensioso  projeto (?!) contra  a Lusofonia.
Para entender um pouco da alma da Lusofonia e da Língua Portuguesa leia o livro que publiquei, em  2.000, pela editora Eurobrás:
LUSOFONIA, NOSSA PÁTRIA LINGUÍSTICA”. Está disponível na Web: no www.portaldalusofonia.com.br/lusofonianossapatrialinguistica.pdf (clique)

6. Acho que falei o óbvio,  em termos científicos, políticos e culturais, nos textos de  que o senhor RM desdenha . Assim mesmo, o autor, desta absurda proposta saiu atirando para todos os lados, injuriando e difamando. Injuriando a Lusofonia...
Esta foi a mais triste e sádica cena, que já vi perto de mim, nas minhas sete dezenas de anos.
O homem não refutou um só dos argumentos! Certamente não entendeu o que eu escrevi (!!!). Não leu e saiu atirando, sem controle. Certamente sentiu-se perdido... A mim não ofendeu... Até porque sou um simples soldado a serviço voluntário da Lusofonia, que está muito acima de qualquer um de nós.

Não foi a mim que o senhor RM quis atirar. O alvo desse homem é a Lusofonia. Aliás, ele  parece que não  pode nem ouvir falar este nome (Lusofonia). Pensa que pode extingui-lo. O atrevimento parece ter chegado às raias da neurose e do desespero... após a contestação democrática...

Senhores,
Nós não somos contra a espanofonia. Antes, respeitâmo-la. Por que alguém quer combater a lusofonia?! Que interesses defende?! A reciprocidade é a lei da convivência.
Combater a Lusofonia, com artimanhas, dentro da própria lusofonia, é um desplante intolerável...
Aliás o meu interlocutor já fala de “fora” da Lusofonia, que não quer que exista...
Querer trocá-la pela espanofonia é afrontoso...

7. Eu, pessoalmente, não me senti atingido por uma só palavra, deste desaforado texto de RM. Apenas cumpri o meu dever para com o meu povo e  a humanidade. Lutar pela Lusofonia é lutar por um mundo  melhor.

Quanto a dar alguma resposta às agressões descontroladas do senhor RM, considerei, de início, que a melhor resposta seria o silêncio. A base do que teria a dizer está nos textos publicados. Cientificamente são argumentos  incontestáveis. É saber de domínio público.
Reitero tudo o que disse. Leia:

8. No entanto, pensando melhor, ao reler o texto de RM, notei que para responder à pseudo-réplica, bastaria trocar os vetores do que ele falou e estaria dada a resposta, deixando o diálogo em aberto.  Devolvendo-lhe as pedras que atirou, as mesmas ficam  no lugar certo. Pedra por pedra.

Ele precisa me dizer o que é MENTIRA de tudo quanto eu escrevi, ponto por ponto.
Para atender aos meus leitores, não poderia deixar de me  posicionar ante as agressões à minha contestação.
Minha resposta está no texto: “A GRANDE MENTIRA – O Código Estratégico da Pseudo-Iberofonia”.”.
Para saber mais leia:

9. Organizações pró-lusofonia
·        O Movimento Pacto Lusófono Mundial – PLM, que aqui represento, atua desde 1998. Sente-se na obrigação de não silenciar. O PLM iniciou com o nome “Instituto Superior de Lusofonia”.
Há muitas outras organizações trabalhando, com objetivos idênticos, para abrir caminhos e atalhos que reúnam todos os lusófonos do mundo, numa sociedade mais solidária e próspera, com bem-estar para todos.
·        Destaque especial merecem o MIL – Movimento Internacional Lusófono (clique), e o Portugal Club (clique), com uma atuação intensa no mundo da comunicação e articulação de ideias e debates.
·        Por toda a lusofonia, espalhada pelos quatro cantos do mundo, há inúmeras organizações trabalhando intensamente, em prol da União e Prosperidade dos Povos Lusófonos do Mundo.
·        Entre todas as organizações destaca-se a CPLP – Comunidade dos Povos de Língua Portuguesa (clique),  e o Instituto Camões (clique), por serem instituições oficiais.
·        Destacamos também os Elos Clubes (clique), destinados  intensamente à convivência lusófona.

Todos sabemos que:
“Quem não é organizado é tutelado”
Pois a Lusofonia está muito bem organizada, numa grande Rede Mundial.

Nota: caso o senhor MR possa provar que fui incorreto ou injusto em alguma das apreciações ao seu projeto, favor comprovar sua posição para que eu possa reconsiderar e me corrigir, se for necessário.

Para ler a RECONVENÇÃO, EM DEFESA DA LUSOFONIA: Réplica às agressões do senhor RM (clique)
Para entender a Réplica, leia a série “Potência da Lusofonia”:
Leia mais,  na série “Potência Lusófona”


Nenhum comentário:

Postar um comentário