quinta-feira, 27 de março de 2008

Desafios da Lusofonia

DESAFIOS DA LUSOFONIA
AMEAÇADA MAS ALTIVA
(Percalços de uma Polêmica)
           
J. Jorge Peralta
            1. Uma Polêmica na  Lusofonia
            Neste opúsculo apresentamos os textos básicos da questão polêmica a que dei o nome de Potência Lusófona. A polêmica é aqui referida apenas como um “caso” paradigmático, no mundo da Lusofonia Global, onde, ao lado das convergências, poderemos ter divergências. Não discuto pessoas, discuto ideias, baseado em princípios
            O que está em jogo é a Potência Lusófona, ou as disputas absurdas pelo seu controle. Mas ela não está disponível. Quem forjou esta demanda?! Quem semeia cizânia na nossa seara?!
Parece que já há intermediários nessas negociações. No entanto, tais negociações ofendem direitos inquestionáveis das nações. Rejeição ao intermediário, sem tergiversar, sem complacência.
Tais negociações são um atentado à segurança nacional.
A Lusofonia não está em negociação, para dar o seu controle a ninguém. Ninguém está habilitado para tomar tais atitudes. Ninguém! Nem lusófonos nem não lusófonos.
A liberdade é a grande lição que Portugal deu ao mundo. Que ninguém malbarate a liberdade neste país. A liberdade é o nosso valor maior. Já assim era, para os nossos ancestrais lusitanos, personificados em Viriato, a grande muralha contra a Invasão Romana.
Os Lusitanos, no atual Portugal e os Gauleses, na atual França, deram muito trabalho aos Romanos. Apenas aqui nos faltou um César para narrar os Históricos episódios.
 Faltou-nos o De Bello Lusitânico. Este espaço ficou vazio na história, mas não o fato. César escreveu o De Bello Gálico.
No entanto, a saga dos Lusitanos, capitaneados pelo grande guerreiro e “general”, Viriato, defenderam a liberdade de seu povo, em batalhas memoráveis.
Hoje, quem tenta, tirar-nos a liberdade é invasor do patrimônio comum, de uma Comunidade de 260 milhões de falantes.
Há uma clara conspiração sendo articulada, contra a Lusofonia. Precisa ser desmantelada.
Não tem chance, mas incomoda.
É um precedente a se desmascarar.
Toda a hostilidade à lusofonia precisa ser prontamente denunciada e revidada.
A chance pode ser dada pela nossa omissão.
Por uma omissão se perde um reino”, diz Vieira.

2. Desobstruindo Caminhos
Neste momento precisamos ser claros: A Lusofonia está sendo ameaçada. Precisamos defendê-la. Precisamos reagir, unidos. Não podemos nos dispersar.
Precisamos despertar a Pátria,
“Daquele engano da alma ledo e cego
Que a fortuna não deixa durar muito “(Camões, Os Lusíadas, Canto III, 120)
A Lusofonia não é polêmica. Polêmico é quem vem perturbar-lhe o percurso, criando discórdia. (Jogando irmão contra irmão).
A Lusofonia é Marca de Prestígio Internacional. Respeitem-na.
O caso em pauta é tão complexo que pode gerar um ano de debates sérios, sem recorrer a baixaria. Apenas interpretando os fatos, sem falcatruas, ou jogadas falsas, ou golpes baixos, a que costumam lançar mão os sem razão.
Os debates leais e democráticos são ótima oportunidade de esclarecer pontos em que alguém pode ter dúvida.
Mas não esqueçamos nunca: O maior inimigo de uma boa causa é o defensor incompetente  ou “comprado”.
Não serão toleradas posições discriminatórias ou persecutórias, que torcem os fatos.
Desobstruir as “veias” por onde corre o “sangue” da nação, para recuperar sua natural energia e vitalidade, é o grande objetivo que temos em mira.

3. Propostas Maquiavélicas
Há, em campo, alguns movimentos altamente lesivos à Língua Portuguesa.
Um deles é desmascarado na sequência destes ensaios: “o geolíngua”, que rejeitamos, como  farsa.
Precisamos reagir à altura. Sempre.
Um deles é um tal, apelidado de geolíngua, excessivamente ousado e afoito, que quer de imediato implantar a língua espanhola, como 1ª língua, em toda a Lusofonia. Que é isso, cara pálida?!
Em outro lugar no momento da bajulação, declara que a Língua Portuguesa é a língua mais rica, versátil e universal. Isto já é sabido. E também a  mais bela... Então não dá para entender a lógica capenga: Se a Língua Portuguesa é a  mais rica e universal porque não eleger  a Língua Portuguesa como a Língua de toda a Ibéria e a 1ª Língua em Portugal e na Espanha.
É um acinte insustentável e intolerável, mas alguém está buscando cavar espaço, agindo pró-Espanha. A quem serve o proponente? De quem espera financiamentos?! A quem interessa esta disputa?!
Atrás do golpe da geolíngua há  a promessa de que a Espanha daria maior qualidade de vida e empregos, mas nem esta promessa é realista. A  referida União  não passaria pela imagem de um bêbado segurando outro bêbado, buscando o copo que perderam. Nem Portugal, nem a Espanha merecem esta imagem. Respeite-se a soberania de cada um, mas não uma soberania já esquálida.
Suas propostas são maquiavélicas, como podemos ver em seguida. Mas só não prosseguem sua campanha deletéria, se reagirmos, com argumentos. Isto é: se não nos omitirmos...
Todos sabemos que há propostas que fazem o papel de “boi de piranha”... É preciso verificar a hipótese...
Mas também sabemos que há um abismo intransponível, entre tais propostas e o pensamento profundo da Nação.
A nação rejeita tudo o que renega  ou ofende os grandes princípios que lhe dão vida há nove séculos.
Esta série de estudos aborda a tensão natural entre Língua Portuguesa e a forjada geolíngua; entre Língua Portuguesa e a forjada Iberofonia; entre lusitanidade e Iberismo; entre Lusofonia e Iberismo; entre União Lusófona e União Ibérica; entre transparência e simulação, etc.
Há muitas tensões, naturais ou forjadas e golpistas que precisam ser esclarecidas. Para não sermos enganados nem ludibriados e injuriados. Precisamos estudar, discutir. Há sempre prestidigitadores hábeis na praça, com a manha da fala macia da raposa, enquanto houver “queijo” para afanar.
Nossa proposta está no PROJETO GLOBILÍNGUA – Língua Portuguesa como Língua Internacional – Língua da Globalização.

4. Convocação Geral
Após nos instruirmos, precisamos superar o mundo das palavras e agir, agir, agir.
Não é o caso de perder muito tempo, com a questão da geolíngua, que não tem poder de sustentabilidade. Mas nos ameaça. Se não desmascarado, vai em frente, com ares de salvador de nada, destruindo, sorrateiramente, a alma da nação, como fizeram em Olivença (clique).

O que precisamos é fazer uma campanha cerrada, capitaneada por pessoas dedicadas, especializadas em ciências da linguagem e lusofonia, para levar, aos quatro ventos,  trabalhos que divulguem e engrandeçam a Lusofonia.
Precisamos organizar uma Central de Informações do Pensamento Lusófono, capaz de divulgar tudo o que se produz: livros, programas, etc., que tenha real interesse para a Lusofonia. Fazer LINK para artigos de outros websítios, no modelo do Facebook.
Propomos, como veículo da Central de Informações, o GlobiPress.
Precisamos de historiadores, especialistas em linguística e semiótica, filósofos, políticos, militares, especialistas em relações internacionais, sociólogos, economistas, etc. Sempre com visão supra-partidária e focados numa Lusofonia plural, dinâmica e atuante.
Omitir-se e silenciar pode ser uma atitude contra a lusofonia. Silenciar é compactuar. Não há alternativa: Quem se cala é cúmplice. O silêncio é voto para o inimigo.
Os portugueses sempre foram geniais estrategistas. Ainda somos?!

5. Grupo Gestor Orquestrado
Um grupo bem orquestrado, multicontinental e multidisciplinar, será capaz de levar esses ideais, até onde o povo está.
Depois elas subirão às instâncias de deliberação política.
Precisamos que todas as forças vivas da Lusofonia se apresentem e entrem em campo.
Precisamos acertar os princípios que balizam nossa atuação.

Os Princípios e Diretrizes (clique) do Pacto Lusófono Mundial – PLM, que tenho a honra  de coordenar, podem fornecer o parâmetro de partida.
Da leitura dos textos a seguir podem ser colhidas ou sugeridas outras alternativas de pensamento e de ação.

6. Central de Difusão da Cultura Lusófona –
Criamos o website “GlobiPress” como veículo de notícias, remetendo para outros sites congêneres (ver Projeto - Clique)
GlobiPress é nossa Central de Difusão da Cultura Lusófona, com destaque para a Língua Portuguesa, como Língua Internacional.
O novo espaço comum, exigiria  que outros sites nos mandassem resumos das suas matérias para centralizar a divulgação.
Quem quiser ser parceiro neste espaço (www.globipress...)  é só seguir os passos indicados no site.
Aceitam-se sugestões e estratégias...

Precisamos reforçar a Lusofonia, como “uma marca de prestígio internacional”. Afinal a Lusofonia envolve um contingente fabuloso de 260 milhões de pessoas.

A Lusofonia é:
o Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau e Timor Leste. A estes juntam-se alguns milhões de pessoas espalhadas pelos quatro cantos do mundo, na imensa Diáspora.

7. Manter relações internacionais e amistosas com a Espanha, como com todos os países, não significa transigir quando algum grupo espanhol ou espanófilo conspira, contra os nossos interesses, tentando nos silenciar, quer por ações diretas ou indiretas, claras ou camufladas, ou comprando traidores.

O Quadro de Referências que vem sendo imposto nas escolas, principalmente nas aulas de história e correlatas, atendem a interesses contrários há honra e ao caráter da nação.  Nosso barco está à deriva?! Não há lei?!
Quem são os ideólogos torpes que comandam a educação de nossas crianças e jovens e dominam o sistema de comunicação social: jornal, rádio e TV?
Toda  a ameaça à língua  é clara ameaça à segurança nacional. É crime de lesa pátria. Precisa ser coibido e punido nos termos da lei. É traição.
Decididamente, a Lusofonia não vai bem como se espera!
Os traidores agem  à solta fazendo trapaça. Se não nos omitirmos, isto nos fortalecerá.

8. O Toque de Despertar
A Lusofonia vem sendo ameaçada e seu patrimônio dilapidado, em seus alicerces, até por  inocentes úteis.
Quem tem olhos de ver veja e reaja.
Temos um dos mais ricos patrimônios do Ocidente. Por que deixamos maltratá-lo?
O problema é que nem o conhecemos. Alguns querem mandar  esta obra  rara, para a cesta  de reciclagem, de onde alguém, previamente combinado, dele se assenhoreará.
Precisamos saber defender nosso país  e  nossa história, como defendemos nossa casa e nossa família.
Precisamos de um toque de despertar.
Neste ponto somos um povo muito semelhante ao povo judeu: um povo testado na dor, que sempre soube superar as tragédias. Pois não nos esqueçamos disto:
“O que nos contaram nosso pais, não o ocultemos aos nossos filhos, às novas gerações”.  (Sl. 78)
Nossa história é nossa força.
Nossa história marcou alguns dos momentos mais  decisivos da História da Humanidade. Estes são os nossos trunfos e nossa força. Todos cantam a sua terra. Mais razões temos nós para cantarmos o nosso.

Nossa meta: Ajudar a desobstruir os canais e os caminhos, por onde transita a seiva vital da nação, para  revitalizá-la e rejuvenescê-la.
Proposta:
Urge organizar, em nível nacional, Portugal e em toda a Lusofonia, uma campanha pelo fortalecimento das marcas da Identidade Nacional e seus valores específicos, numa perspectiva mundial, onde nos articulamos solidariamente.

Daqui repito o apelo, urgente:
“Lusófonos de todo o mundo, uni-vos”
J. Jorge Peralta

TEXTOS EM PREPARAÇÃO

- Agostinho da Silva, Lusitanidade e Lusofonia
- Unamuno por Portugal e pela Espanha
- Gilberto Freire, Lusotropicalismo e Lusofonia
- Pe. Antônio Vieira, Portugal e o Mundo
- Portugal e o Futuro Perspectivas
- Viriato e a Lusitanidade
- Antônio Sérgio e a Educação Cívica em Portugal
- Teixeira de Pascoaes e a Arte de Ser Português
- Fernando Pessoa e a Língua Portuguesa

Este é um momento adequado para  os lusófonos despertarem, esclarecendo-se. Há muita gente empenhada em nos fazer estrangeiros na nossa terra e na nossa língua.
De acordo com tais projetos a todos nós será imposta a língua espanhola como a 1ª língua e a Língua Portuguesa será proibida, como foi em Olivença, invadida e massacrada, até hoje (clique Olivença)
Não espere que outros façam o que você pode fazer. Faça a sua parte informe-se.

Um comentário:

  1. 1Avante Sr. Peralta com o seu projeto!
    É de imensa valia!
    Estamos consigo!
    Saudações lusófonas,
    Milton Madeira
    Um brasileiro no Porto/Portugal

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