segunda-feira, 29 de março de 2010

O Grande Despertar da Língua Portuguesa no Mundo



O GRANDE DESPERTAR
DA LÍNGUA PORTUGUESA NO MUNDO
Como Língua Internacional

I
LÍNGUA DE CULTURA E DE  NEGÓCIOS

1. O Século XXI é o século da competitividade, em todos os campos, desde o comercial e industrial, até o mundo do saber, entrando pelo mundo muito específico das Línguas Naturais.
É que as pessoas, hoje, além da língua materna, precisam dominar uma segunda língua, para poderem garantir o seu espaço, no mundo globalizado, no mundo do trabalho e no acesso à cultura.
Por outro lado, os países descobriram que Língua é Poder, é um patrimônio cultural que pode fazer a riqueza da nação.  É também um patrimônio econômico. Isto dá origem a mais progresso, com mais disputas e mais emulação dos que têm auto-estima.

Nós temos um grande produto para oferecer ao Mundo: a versátil e sonora Língua Portuguesa, da qual Miguel de Cervantes declarou enfático: “é a língua mais sonora que existe no mundo”.
Unamuno, grande pensador espanhol (basco), afirmou que a Língua Portuguesa “tem vozes que nos acariciam  os ouvidos e a imaginação”.
Com 260 milhões de falantes, a Língua Portuguesa é hoje a terceira maior potência linguística do Ocidente.

2. Há mais de quatro décadas, os americanos e os ingleses perceberam o valor econômico da difusão de sua língua pelo mundo, para veicular seus produtos e negócios .
Investiram alto e espalharam escolas por toda a parte, por todos os países, de modo especial, nos países latinos. Foi a senha para vender toda a espécie de produtos, inclusive e talvez principalmente, produtos cultu­rais: livros, filmes, discos, etc, etc.
O inglês e a cultura americana entraram pelo então 3º mundo, como uma avalanche.
Abriram um imenso mercado de trabalho nas escolas, nas universidades, no mundo.
Os portugueses começaram primeiro, no século XV, a espalhar sua Língua e Cultura pelo mundo, também como um veículo econômico e social. Mas estacionaram no século XVII.


3. Há pouco mais de duas décadas foi a vez dos espanhóis despertarem para esse mercado promissor.
Todos sabem que dominar uma segunda língua, agrega valores, para a pessoa e para o país titular dessa segunda língua, que se expande, expandindo negócios.

4. Finalmente chegou a vez de a Língua Portuguesa assumir seu status natural de Língua Interna­cional. Aliás, a Língua Portuguesa foi a primeira que desempenhou, com galhardia, a função de Língua Interna­cional, no século XV, prolongando-se até o século XVII, em ascensão. Ainda hoje mantém esse status, mas um tanto enfraquecido, sem expansões, em novos territórios. Após o início da Guerra Colonial, entraram em depressão todos os países lusófonos.
No “25 de Abril”, manteve-se a depressão.
Os problemas políticos, aliados a muita infâmia, foram os grandes algozes da Língua e da Cultura de Língua Portuguesa.
            De poucos anos para cá, tudo está mudando. Os lusófonos estão se articulando ao menos em ideias.
Ensaiam-se agora seus grandes voos internacionais, a partir principalmente do Brasil e de Portugal, com Angola e Moçambique por perto. Logo vêm Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné e Timor Leste.

5. Hoje a situação já é outra, bem mais promissora. Grandes expectativas vão se abrindo. Por todo o globo, (Índia, Japão, China, etc, etc), começam a ser implantados e a ser muito procurados cursos de Língua Portuguesa, embora, ainda, com precário apoio oficial..
Há uma grande carência de professores de Português, efetivamente preparados.
Grandes “mercados” estão se abrindo, nos países lusófonos, no Brasil, em Angola, em Moçambique, etc, etc.
O Brasil e Portugal, juntos, com a participação de todas as nações lusófonas, precisam traçar a grande Política do Idioma, para ser implantada imediata­mente. Não podemos perder mais uma vez, o trem da história, ou o cavalo que passa arreado.
            O Projeto GlobiLíngua (clique) propõe-se, como missão, dar suporte a expansão da Língua Portuguesa.

II
A HORA E A VEZ
DA LÍNGUA PORTUGUESA

6. A Língua Portuguesa, embora com muito atraso, está em vésperas de se tornar língua oficial da ONU.
Na União Africana, a Língua Portuguesa já é utilizada regularmente. O que falta muitas vezes são tra­dutores. O IILP já providencia a formação de tradutores.

 7. O inglês já é a principal segunda língua do mundo. No entanto,  muitos não mais se contentam com uma só segunda língua e buscam outras, como o português. São muitos. Não podemos frustrá-los. São em geral, interesses sócio-econômicos, mais do que culturais. São sempre interesses legítimos, num mundo multipolar.
A localização geográfica dos países de Língua Portuguesa, em todos os continentes, é uma grande vanta­gem: um grande trunfo.
Na busca da segunda língua de comunicação internacional, a Língua Portuguesa desponta como objeto de desejo, para milhões de pessoas, pela sua versatilidade e por sua beleza arquitetônica, sonora e expressi­va, e por já estar, naturalmente, em todos os cantos do globo.
Só no Senegal, há 15 mil pessoas aprendendo a Língua Portuguesa. Há aí muitos milhares de falantes natos de português.
Não podemos pensar na difusão da Língua Portuguesa, apenas da perspectiva humanística ou afetiva. Temos de pensá-la como força de intercâmbio cultural e de comunicação e como língua de negócios que é o que mais move o nosso tempo. No entanto, temos muito mais para oferecer.
            Os países lusófonos têm grandes atrativos turísticos e culturais a oferecer ao mundo.

8. O motivo da busca do português é também econômico. Neste sentido “o português está a tornar-se “uma mais-valia economica”, diz o Secretário Executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira.
Diz ele que a Língua Portuguesa hoje “não é só uma questão de nostalgia, de afeto”. Traz “ganhos eco­nômicos efetivos”.
E acrescenta: é importante a Língua Portuguesa, na Lusofonia, pois “valemos muito mais, quando fala­mos a uma só voz”. (Diário de Notícias fev. 2010).
Não nos esqueçamos  que os espanhóis estão assediando nossos espaços estratégicos, inclusive o Brasil e Angola, para suplantar a Língua Portuguesa nos nossos espaços... Se nós lusófonos titubearmos eles colocam-nos à margem e passam por cima. Lembremo-nos  de que negócios para muitos não respeitam éticas. Quem não prestar atenção ao inimigo (concorrente) é atropelado.

9. Esta é, pois, a hora e a vez de a Língua Portuguesa se assumir efetivamente, como língua de inter­câmbio entre todas as nações, em nível cultural e econômico. Os mercados dos povos de Língua Portuguesa vão assumindo seu papel, no mundo globalizado; vão se destacando e vão despertando o interesse do mundo inteiro.
É muito interessante o presidente do Brasil falar sempre em português. É assim que deve ser.

10. O Brasil é um caso típico. O mundo olha o Brasil, como uma das mais promissoras economias do mundo. Vê aí um país de 8,5 milhões de quilômetros quadrados de terras boas e produtivas, e 195 milhões de habitantes. O Brasil tem uma economia pujante e promissora. É um mercado fantástico, em grande expansão.
Com muitas carências, é verdade, mas também com muitas riquezas. Pode superara as carências, com uma educação melhor e com menos corrupção.
Tudo isso agrega grandes valores à Língua Portuguesa.
Mais importante é o Brasil, um país continente, ser um país de uma só língua, de Norte a Sul e de Leste a Oeste do país.
Malgrado esta situação otimista e promissora, as nossas Agências e Empresas especializadas ainda não despertaram para este mercado, para valer. Faltam Conselheiros e faltam Consultores na área.

11. Acabo de visitar o SALÃO DO ESTUDANTE, que se realiza anualmente em São Paulo.
Nesse Salão se oferecem cursos de língua estrangeira e cultura. Lá estavam, com destaque, empresas (es­colas) do Canadá, Estados Unidos, Inglaterra e Espanha. Havia empresas também do Japão, da China, da Irlan­da.
Esperava encontrar lá o Instituto Camões, o Instituto Machado de Assis, e até a CPLP, para dizer aos estudantes o que em Portugal e no Brasil se faz para ensinar o Português, como segunda língua, pelo mundo afora. ( O Instituto Cervantes estava lá).
Portugal e o Brasil precisam divulgar sua consciência da importância da Língua Portuguesa, no mundo globalizado. É uma grande marca, um grande marco e uma grande Bandeira...

12. Sugerimos que o Instituto Camões participe ativamente desses Encontros, de alta afluência de visi­tantes, para ir despertando a sociedade para o papel da Língua Portuguesa no mundo, e para a vocação interna­cional de nossa língua, também como língua de negócios, além de língua de cultura.
Não podemos deixar de conhecer e de exaltar a Língua Portuguesa, como versátil instrumento de intercâmbio e coesão social.

            Obs. Sobre a batalha dos espanhóis para atropelar a lusofonia e, de preferência, destruí-la, leia: www.globilingua.blogspot.com
Nota: Texto patrocinado pelo Instituto Globilíngua
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São Paulo, 07 de março de 2010
Prof. Dr. José Jorge Peralta

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