ORGANIZAÇÃO DOS POVOS IBÉRICOS - OPI
J. Jorge Peralta
Membros: Portugueses, Castelhanos, Galegos, Catalãos, Aragoneses, Araneses, Extremenhos, Bascos, Asturianos, Andaluzes, etc.
1. Hoje as pessoas e as nações aprenderam, por experiência e na própria pele, que “quem não é organizado é tutelado”. Este é o preço do mundo globalizado. Mas sempre foi assim...
Todos se organizam para progredir e para se defenderem dos inimigos predadores. Aliás, já era assim desde os tempos dos humanos primitivos e no tempo dos primatas.
Terêncio desenvolve bem este tema no livro “De Natura Rerum”.
As forças matriciais do OPI seria a solidariedade, a generosidade, a busca da prosperidade, a pluralidade, o respeito mútuo aos valores e méritos de cada um.
2. Vejamos alguns tópicos dos sistemas das macro-organizações básicas atuais:
· Nas Américas temos: a OEA, a UNASUL, o MERCOSUL, o NAFTA, ALALC,etc.
· Na Europa temos U.E., etc.
· No Mundo da Lusofonia temos a CPLP.
· No mundo das Civilizações Ibéricas temos a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI)
· Na África temos diversas organizações, assim como no Oriente, como a OUA – Organização da Unidade Africana, etc.
· Organização Global: Organização das Nações Unidas – ONU, UNESCO, etc.
3. Considero que está faltando uma organização, no universo europeu, ao lado das já existentes:
A ORGANIZAÇÃO DOS POVOS IBÉRICOS – OPI, diferente da Organização dos Estados de Raiz Ibérica.
Esta organização, a OPI (nome Provisório), funcionaria de modo independente dos dois países que se constituíram na Ibéria: Portugal e Espanha, pela ordem. Portugal é o país mais antigo. Vem do século XII. A Espanha organizou-se três séculos depois.
Esta proposta não tem nada a ver, nem por hipótese, com a impensável União Ibérica, resultante da presumível e impossível “anexação” e subjugação arbitrária de Portugal à Espanha. Esta hipótese fica descartada in limine, por inaceitável. Não tem espaço na pauta. É divisionista e antidemocrática.
Os povos da Ibéria, plenamente caracterizados e distintos, em relação aos demais, são:
- os Portugueses (Lusitanos), os Castelhanos, os Galegos, os Catalãos, os Aragoneses, Araneses, Extremenhos, Bascos, Asturianos, Andaluz, etc. Olivença também seria convidada. Cada um tem direito ao seu espaço, democraticamente, nos países em que se integram, com relativa autonomia.
O grande mestre espanhol, Miguel de Unamuno, oriundo do País Basco, ex-reitor da Universidade de Salamanca, grande amigo e admirador de Portugal, já cantava as grandes virtudes dos povos ibéricos Ele aplaudiria esta iniciativa.
4. Na ORGANIZAÇÃO DOS POVOS IBÉRICOS, cada povo estaria representado, defendendo os próprios interesses, em harmonia com os demais, buscando o bem comum a todos. A OPI funcionaria totalmente independente dos governos de Lisboa ou de Madrid, que seriam solidários e representados, na Organização. Seriam instâncias complementares e não opostas. Seria uma organização suprapartidária.
A soberania linguística, cultural seria respeitada para cada um dos povos. Os acordos de cooperação mútua e de parcerias seriam respeitados pelos governos de Lisboa e de Madrid, desde que cada povo tivesse representação legítima dos próprios povos, e não pusesse em risco a segurança do país, como um todo.
5. Caberia a uma comissão legítima, de todos os povos ibéricos, começar a estabelecer as normas, os critérios, os parâmetros, os paradigmas, e as finalidades desta nova organização, sem as costumeiras intromissões autoritárias do poder central, dos países em que se integram, e sob a supervisão da ONU e da UE.
Talvez precisemos rever o mapa da Ibéria, para preservar o direito dos povos e a prosperidade e o respeito às especificidades de cada um, dentro de normas internacionais que não redundem em mais tiranias e enfraquecimentos de alguns
A OPI nestes moldes, poderia ser uma força cívico-cultural de alta projeção.
Leia mais:
Lusitanidade, Lusofonia e Universalidade (clique)
GlobiLíngua – A Língua Portuguesa - Língua Internacional (clique)
Portugal, Um ícone Mundial (clique)
[Texto em construção]
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