quinta-feira, 27 de março de 2008

União do Povos Lusófonos

UNIÃO DOS POVOS LUSÓFONOS
-  UPL -
Da Convergência Lusófona à Divergência Ibérica
(Uma Proposta)
“O que Portugal fez de maior no mundo
Não foi nem os descobrimentos, nem
as conquistas, nem a formação
de nações ultramarinas.
Foi ter resistido a Castela
Agostinho da Silva

1. Portugal, lentamente, vai retornando ao seu rumo genuíno: o Atlântico. Vai descobrindo o potencial da convergência lusófona. Portugal é mais ultramarino, por natureza, do que Europeu. Será então, naturalmente,  europeu e ultramarino. Realizou ou completou a sua missão nas rotas marítimas, que o implantaram na África, no Brasil e no Oriente, a partir de seu espaço soberano, na Europa. Sua missão é, a um só tempo, européia e ultramarina. Seu rosto bifronte olha o ultramar e a Europa. Vive, plenamente, nesse mundo mais amplo.
Após as rupturas momentâneas da desastrada descolonização, os países, em outras condições, vão se reencontrando e rearticulando, superando mágoas e ressentimentos, de braços dados...
Numa nova e promissora equação, com a reunião de nações independentes e soberanas, a maioria  no Hemisfério Sul, os países lusófonos vão traçando novos rumos à sua história: a caminho do desenvolvimento, com o progresso das nações.

Portugal durante quase 600 anos, conviveu com os povos Africanos, no paradigma de descobridor, colonizador e parceiro. Hoje convive com eles, como povos soberanos, e como parceiro solidário. Tal acontece com as relações com o Brasil, com Cabo Verde, Angola, Moçambique, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
 A matriz dinamizadora da UPL será a solidariedade, a cooperação, a generosidade, a pluralidade e a busca da prosperidade.

2. Após a desastrada descolonização que deixou os novos países mergulhados numa guerra fratricida, presa de interesses internacionais, conflitantes com os interesses locais, os novos países vão encontrando seu  próprio caminho. Vão construindo a União Nacional, em torno de novas propostas desenvolvimentistas abertas à outros povos , com destaque para a solidariedade lusófona.
Erros de governos não se colocam, na conta dos povos, também vítimas dos mesmos desmandos.
Vai se construindo uma linha convergente, no mundo da lusofonia, sem deixar de levar em conta as reais divergências, que garantem a identidade superior de cada um dos países e das suas regiões.

3. Numa síntese rápida, este é  o estado da questão, que a todos abre novas luzes e perspectivas, para uma união de forças regionais  e globais, que levem à prosperidade econômica e sócio-cultural, e com o decorrente bem-estar, com a qualidade de vida, para  os povos irmãos.

Hoje, mais que nunca, todos sentimos que a “Nossa Pátria é a Língua Portuguesa”. Este é o nosso grande elo de União, inquebrável. Nossa língua é a força de nossa alma.
As forças avassaladoras da globalização exigem que as nações se organizem em grupos, para sobreviver à avalanche das pressões das grandes potências. O segredo e a solução é ser potência organizada...
Quem não quer ser tutelado, organiza-se e faz as próprias opções, com as forças em que pode confiar e com quem pode progredir.

4. A União dos Povos Lusófonos, pré-anunciada na CPLP, formará um Novo Pólo de Desenvolvimento e Prosperidade, uma nova Potência, neste nosso mundo globalizado e multipolar.
A criação da União dos Povos Lusófonos é a afirmação de uma união, para o crescimento e desenvolvimento mútuo, um mundo competitivo.
A União é a força que nos dá mais espaço, nas mesas de negociações, do mercado global.
A força dos interesses nacionais não deve impedir a inserção do país, no complexo internacional. Quem se isola perece, na mão do mais forte.

Nacionalismo e Universalismo são duas forças essenciais do país. As forças centrípedas e as forças centrífugas devem manter o equilíbrio necessário. Uma, sem a outra, produz desequilíbrio frágil.

5. De imediato poderiam ser dados os passos iniciais para criar a Organização dos Povos Lusófonos – OPL, com o Mercado Livre do espaço Lusófono, o Passaporte Lusófono, etc.
Uma das marcas dos povos lusófonos é a solidariedade e a hospitalidade, que lhes dão um toque muito especial, somadas com a generosidade e a busca da prosperidade.
Estas forças devem ser articuladas, com uma sagacidade pragmática.
A União dos Povos Lusófonos – UPL  deverá ser organizada, prevendo uma forte vertente cultural, humanista, tecnológica e científica, ao lado da perspectiva comercial, industrial, agrícola , pesqueira, etc. Uma educação competente é a base do progresso.
Precisamos do desenvolvimento científico e tecnológico, industrial e comercial. Mas precisamos cuidar da preservação de nosso patrimônio natural e cultural e cuidar da educação e saúde das novas gerações. Precisamos cultivar e preservar a sanidade do meio ambiente, para podermos legar às futuras gerações, um mundo melhor e mais saudável. Cada um deve fazer a sua parte, sem dependências e sem opressões.

6. A convergência Lusófona, reunindo os oito (08) países soberanos (Portugal, Brasil,  Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste), desenvolveria a solidariedade e ajudaria a vencer o isolamento de cada um. Evitaria alianças menos participativas.
Portugal continuaria a manter boas relações com toda a Europa, com destaque para o seu vizinho, a Leste, mas priorizaria as relações com as demais nações lusófonas, que viu nascer. Aliança supõe ceder em algo, para ganhar no global.
Portugal, fortalecido pela Aliança Lusófona, em termos culturais, industriais, comerciais e agrícolas, dialogaria com seus parceiros europeus, com  muito mais força. Todos terão  muito a aprender.
Todos os povos lusófonos têm muito a ganhar e se fortalecer, com a Aliança Lusófona.

Sobretudo cessaria de vez o assédio da Espanha, que sonha com a impossível União Ibérica, que ele perdeu definitivamente em 1640.
Hoje, por estranho que pareça, a Convergência Lusófona gera um pólo de oposição na Espanha que se caracteriza como uma força divergente.
Nunca pensei que a Convergência Lusófona se pudesse opor a algo. Lusofonia é assim: Soma e multiplicação, em termos de política global. A convergência lusófona é uma força que vai desabrochando e se impondo.

Conclamação:
LUSÓFONOS DO MUNDO INTEIRO, UNÍ-VOS!
[Em Construção]

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