LUSOFONIA – O DIÁLOGO NECESSÁRIO
Foco de Uma Contestação
Caros Amigos Lusófonos
Compartilho-o com todos os interessados no tema. Estou certo de que estou prestando algum serviço às sociedades lusófonas e à cultura contemporânea.
Enfoco o projeto que refuto, apenas como parâmetro. Não são ideias novas. Refuto posicionamentos, através de princípios. Parto de um “caso” concreto, que muitos consideram impossível; mera ficção. Eu mesmo não acreditei que alguém fizesse uma proposta tão clara “contra” a Lusofonia...
Os argumentos que uso aplicam-se a outros casos, de idêntico conteúdo, contra a Lusofonia. Casos reais de todos conhecidos...
I
Posicionar-se,
Uma Questão de Cidadania
2. Li, na Internet, alguns textos do proponente de um projeto estranho – a Geolíngua,, antes de contestar suas propostas. Dá perfeitamente para ver onde a proposta quer chegar, mesmo quando o que quer dizer e fazer está nas entrelinhas. Às vezes o objetivo está mascarado em valores trocados.
Antes de escrever, pesquisei. Não sou livre atirador. Não miro sem alvo certo. Efetivamente eu não queria escrever nada. Vi, no entanto, que a proposta, como está, não poderia passar sem contestação... (Escrevi porque fui a isso compelido). Foquei este tema, suspendendo dezenas de outros em linha de produção.
Para minha visão da questão da Lusofonia, e, certamente, para todos os Lusófonos conscientes e atentos, a proposta é inaceitável. É uma proposta desagregadora, deletéria, embora A. queira dizer o contrário. O que é, é. Está na proposta. Nela me estribo. Pergunte-se apenas: a quem interessa? A quem beneficia a curto e longo prazo?!
Senti que a ideia de Lusofonia não cabe em mentes limitadas, por interesses circunstanciais...
Então, entrei de frente na questão, pelo meu ponto de vista, cientificamente baseado. Afinal sou cientista da linguagem e pessoa comprometida com a Lusofonia.
Os Princípios Sócio-Políticos que me dão suporte estão no Pacto Lusófono Mundial – PLM (Clique para ler), que coordeno, desde 2005.
3. Contesto quem ataca as coisas em que eu acredito, sem razões plausíveis. Dialogo sempre.
Não critiquei o autor da proposta. Nem sequer o citei, pessoalmente. Não falo de quem não conheço. Apenas me ative à proposta que considero muito problemática. Só. Há um viés claro voltado para a Espanha. Há outro viés claro voltado contra a Lusofonia. Não resolve dizer o contrário. Fui por aí.
Iberofonia ?! Que é isto?! Geolíngua, em vez de Língua Portuguesa?! Português=Esperanto??! Não há mais identidade?! Só pode ser brincadeira de mau gosto... O autor da proposta sabe mesmo o que está falando?!
Isto parece uma grande trapalhada... Uma confusão... Um tumulto de ideias desconexas... Uma muvuca.
Não concordo com o posicionamento da proposta. Decididamente, não. Não é possível aceitá-la. Nessas condições não há diálogo possível... Só o diálogo do cutelo... Posicionar-se, com transparência e lealdade, é questão de cidadania.
É meu direito discordar e dar as minhas razões. É isto que fiz e faço...
Sou Linguísta e Semioticista. Apliquei meus conhecimentos. Faço ciência e não política de província... Meu Partido é a Lusofonia. Todo o conhecimento autêntico é patrimônio da Humanidade. A questão não é pessoal.
Joguei tudo ao ar, na Internet, para que toda a lusofonia possa se posicionar com ideias.
Sei que esta não é uma luta inglória. O assunto pede aprofundamento. Não se fala num tema como este, apenas na superfície, com promessas...sedutoras (?!) para os incautos...
Posso analisar cada afirmação nuclear da proposta e mostrar as aberrações insustentáveis que contém. (Farei isto oportunamente. Proponho-me analisar os pressupostos e as propostas do A., no aspecto social, político e científico. Sem pressa).
Propostas como esta não passarão... Não convidaremos o “inimigo” para conviver, no mesmo espaço. Mas podemos conversar, em diálogo franco e leal.
De partida afirmamos, sem rodeios que este é um Assédio ousado e sorrateiro ao Mundo da Lusofonia. Tal assédio está em pleno desenvolvimento, para quem quiser ver e saber.
II
LUSOFONIA AMEAÇADA
4. Precisamos ter clareza e coragem de dizer o que precisa ser dito. Esta é uma das minhas praias...
Ele tem todo o direito de me responder, com a mesma veemência, se puder e quiser.
Eu não pretendo deixar nada barato. Ajo por princípios e não por emoções. Há que ter razões aceitáveis.
Detive-me atentamente sobre os textos das propostas, por respeito à Lusofonia e a verdade só.
Não quero ofender ninguém. Não teria cabimento. Mas também não perdoei ninguém. Não me cabe perdoar nem condenar. Apenas me cabe expor as minhas razões e, se for o caso, contestar e/ou denunciar. Não sou neutro nem pusilânime. Uso linguagem contundente, quando o assunto o pede.
Pode haver alguma expressão que fugiu ao meu controle. Se houve, peço desculpas. Procuro evitar emoções fáceis... Se detectadas, serão corrigidas...
Fui atrás dos paradoxos e tomei o partido da lusofonia. Foi esta a minha estratégia. Não há segredos.
Esse é o meu papel: Expor e debater ideias. Acredito no que falei. Acho que estou certíssimo.
Caso contrário nada teria dito. Falo do que acredito e conheço. Só.
Se não estiver certo, que A. ou outra pessoa me prove o contrário e eu farei a correção que e se couber.
Podemos até ficar amigos. Eu sei lá! Acho muito difícil alguém ter como me refutar.
Se tiver eu me congratulo com isso. Todos podemos crescer, sempre. Aceitarei o diálogo franco e leal, sem constrangimentos.
Pensar é ousar. É sair da mesmice. É abrir caminhos. Esse é o meu estilo, e o meu paradigma.
Já estudei e estudo muito na vida. Devo então agir com firmeza e veemência, quando convier.
Nem todos dominam questões neste nível... Nem certos autores de propostas...
Quando não acho conveniente dizer tudo o que penso, então só aponto a questão, para abrir e apontar caminhos.
Na vida, eu procuro sempre abrir caminhos e atalhos, para aproximar as pessoas, na construção do bem-comum.
5. Não era minha intenção dedicar um só minuto a esse tema, agora. Tenho outros projetos mais urgentes. No entanto, senti-me provocado e não pude me omitir, nem me esquivar, pelo potencial deletério que podem ter tais propostas.
Há muitos incautos, na política..e fora dela. E até muitos “Inocentes úteis...”.
Precisava expor minhas reflexões para que as coisas não vão para a frente por inércia...
É que muita gente teme falar, do que desconhece, ou não domina. A omissão é o maior mal do nosso tempo. Todos temem... Muitas pessoas não pesquisam! Lêem pouco... Precisamos abastecê-las de informações construtivas.
Muitos falam sem pensar e sem estudar todas as consequências possíveis.
O A. pode ser uma pessoa bem intencionada. Pressupõe-se... Não entro no mérito. Atenho-me aos textos.
Acho que a questão dele é mais comercial. Busca espaços. Nada contra. Mas com cuidado. Pode fazer muito estrago.
Atrever-se a afrontar toda a lusofonia, com propostas precárias e falaciosas, é ter excesso de “atrevimento”. Aí temos de reagir. Precisamos dizer: Alto lá! Aqui, não! Pare!
A Lusofonia é uma jovem bela e fogosa, cheia de vida. Não é uma adolescente marginalizada e órfã. Respeitêmo-la. Têm pai, mãe e irmãos fortes, dedicados e generosos... Independente das condições, merece todo o respeito. Mas alguns trocam a força do direito, pelo direito da força.
O assunto não é um golpe de marketing, como alguém o quer fazer...
A liberdade de cada um termina onde começa o direito do outro. Querer negociar a Língua Portuguesa é crime de lesa-pátria. Só não o vê quem não quer...
III
O ASSÉDIO À LUSOFONIA É REPELIDO
6. Já vi muito resultado trágico de pessoas bem intencionadas (?!). O que ele quer de fato?!
Pouco me importa. Restrinjo-me ao que ele propõe. Mas certamente quer muito mais...
A meu ver, ninguém se propõe abalar a lusofonia impunemente. Deste assunto eu entendo um pouco...
O assunto não é para amadores ou marqueteiros... É uma questão muito complexa... e de graves consequências...
Trabalhei muitos anos, com assuntos correlatos, nas minhas aulas da USP, quando ainda ninguém falava em lusofonia. Fui um dos pioneiros no tema.
Entendo algo deste assunto. Não sou um diletante ocasional.
Trabalhei anos com as teorias que dão o suporte teórico da Lusofonia, que é a Sociolinguística e a Sociossemiótica.
Cabe ao autor da proposta se explicar, diante das provocações, reflexões e contestações. Se quiser.
Se eu por acaso errar, não faz mal. (Hipótese teórica). Aprendi mais uma. Estou sempre a aprender...
Pensar é procurar saber o que se quer e ir em frente, não sem antes pensar bem no que se tem a dizer, selecionar e decidir. Busca-se a verdade e o bem-comum.
Mas ninguém é infalível. De partida dá-se a todos o crédito da busca do
bem-estar comum.
No nosso mundo não há lugar para pessoas infalíveis. Mas também não há lugar para pessoas que não pensam e não buscam as razões do que querem e de suas ousadias, e até as razões de seu contraditório. Não há lugar para maracutaias estratégicas.
Navegar é preciso, como reagir é marca de vitalidade.
7. Não estudei para me esconder, aprisionado, dentro das normas fascistas de que temos de estar sempre de acordo, com quem tem “poder”, ou sabe algum “caminho das pedras”...
Enfim teríamos de nos ater ao politicamente correto, que é a pior e mais degradante marca de nosso tempo; é inconcebível, num intelectual de compromisso. Não vou por aí... É preciso agir com transparência, lealdade e generosidade... Politicamente correto é só a verdade e o bem-comum.
Respeito, dignidade , responsabilidade e competência , honestidade e generosidade, na busca da prosperidade e da convivência solidária são as leis humanas que mais acato. Isto é o Pacto Lusófono (Clique para ler).
Isto está no meu texto. Aguardo, a réplica do autor da proposta contestada, se ele quiser responder. Se ele estiver bem intencionado, teremos muitas ideias a trocar...
A lusofonia está precisando de uma pessoa com muito pique, entusiasmo, dedicação e criatividade para irradiar as forças e o mesmo potencial da lusofonia. Alguém que possa dizer com lealdade: Nosso Partido é a Lusofonia, e esteja disposto a estudar a questão a fundo.
É preciso levantar mais alto a bandeira da Lusofonia.
É preciso ter bem claro que a lusofonia é cultura, é linguagem, é atitude política e é um modo de ser na vida e no mundo. A Língua Portuguesa é a força motriz da Lusofonia. É também o seu principal veículo de comunicação e coesão.
Cumpri o meu dever. Outros que cumpram o seu.
Estou certo de que fiz o que devia ter feito e que valeu a pena o trabalho que apliquei, no desenvolvimento deste trabalho.
Ainda temos muito para fazer pela Lusofonia. Há muitos trabalhando contra a Lusofonia; não esqueçamos.... (“Os filhos das trevas, às vezes, são mais audaciosos do que os filhos da luz”, diz o Mestre)
Precisamos estar sempre atuantes e vigilantes: numa mão o escudo e na outra a pena.
Nota: Este texto é complemento de outro:
Repito o apelo do Pacto Lusófono Mundial:
“Lusófonos de todo o Mundo, Uni-vos”
J. Jorge Peralta
[Em Construção]
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