sábado, 11 de junho de 2011

Uma Polêmica necessária


II
UMA POLÊMICA NECESSÁRIA E OPORTUNA

5. Uma Praxe Universal em Questão?!
Estou convencido de que o texto distribuído pelo MEC é um atentado à Unidade da Nacional, não pelo livro, em si, mas por ser uma porta de entrada de diretrizes insustentáveis, míopes e imaturas, criando discórdias inglórias.  Neste caso, seria um crime de lesa-pátria. O MEC exorbitou em suas competências.
Lembro que a Língua é poder. Merece todo o respeito. O MEC não tem poder para dar à Norma Culta da Língua uma alternativa opcional. Isto tem sabor e marca de desordem, a ser investigada e corrigida. É uma grave imprudência.
Num país de critérios mais firmes e menos populismos, e mais patrióticos, este fato em pauta, pelo mal que potencia e pela celeuma que provocou, seria motivo para a queda do Ministro da Educação.
Em todos os países da Civilização Ocidental, a Norma Oficial da Língua do país é a Norma Culta; a Norma que foi mais polida pelos grandes escritores, artistas do discurso.
A Língua oficial é sempre normatizada pelos gramáticos e linguistas e divulgada na Gramática Normativa. Assim, a Gramática Normativa veicula a Norma  Oficial da Língua Nacional. Nessa Norma são escritos os Documentos Oficiais do País.

6. Linguistas, Gramáticos e Língua Materna
No entanto, a Gramática Normativa é dinâmica. Não estática como propalam alguns néscios. A Gramática Normativa está sempre sendo aperfeiçoada a partir das contribuições de outras ciências, tais como a Linguística, a  Sociologia, a Literatura, etc.
É preciso esclarecer que  a Linguística  não se confunde com a Língua. A linguística é a Ciência geral  de todas as Línguas, da linguagem verbal. É uma ciência que fornece modelos abstratos.
A Gramática estuda  os signos e as leis combinatórias de uma Língua Particular.
Os linguistas exorbitam ao quererem impor seus modelos às Línguas Particulares, como a Língua Portuguesa.
A Linguística é, para as ciências humanas linguagem verbal, o que a matemática é para as ciências exatas. É uma ciência básica.
Os linguistas enquanto linguistas, não tem direito a interferir no  ensino de  uma Língua. Este é o campo natural do letrólogo, do licenciado em Letras, com habilitação em Língua portuguesa, no nosso caso.
Teoricamente, o licenciado é competente  na área. No entanto,  na atualidade, os Diplomas nem sempre são atestado de competência. Muitos dos atuais licenciados têm  nível equivalente ao Diploma do Antigo Colegial (?!). As esperadas competências nem sempre se comprovam. Então o professor precisa preparar-se melhor.



7. A Unidade Linguística do Brasil
Uma das marcas que orgulham o Brasil é a unidade linguística que a alguns, de mente tacanha, apoiados pelo MEC, talvez não agrade e por isso tentam criar cisão e implantar a cizânia.
A dignidade de nossa língua, como um dos maiores patrimônios nacionais, deve ser defendida denodadamente por todas as pessoas conscientes, competentes e responsáveis, com destaque para os formadores de opinião.
Escutar pessoas despreparadas ou ventríloquos, repetidores de chavões é um alto risco. Falam sem fundamento.
A espantosa unidade linguística do Brasil é um caso único no mundo, em tais dimensões.
Dizem elementos do grupo, que estamos contestando parcialmente, que a Unidade Linguística do Brasil é um mito. Não sabem o que estão dizendo... Negar o óbvio é algo atroz. Só diz esta bobagem quem não conhece o país ou aplica critérios  insólitos, de nível ideológico...
Os preconceitos, discriminações e outras carências combatem-se com uma agenda positiva que respeite a todos, pensando em justiça e solidariedade para todos, num país solidário e próspero.
A questão do ensino da Língua Materna é do interesse de toda a Nação e não apenas dos professores ou dos “linguistas”.

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